
A palavra eletrochoque, marcada pela representação estigmatizada em filmes e novelas, nos leva a pensar em tortura, dor e sofrimento. Gerando, assim, uma repercussão negativa no imaginário popular. Isso nada tem a ver com a estimulação elétrica utilizada na eletroconvulsoterapia (ECT), especialmente agora, com a modernização do procedimento e dos equipamentos utilizados.
A ECT é considerada um dos mais eficazes e seguros recursos para o tratamento de transtornos mentais graves, podendo ser aplicada ambulatoriamente ou com o paciente internado. Idosos, crianças e gestantes podem fazer o procedimento; sendo a terceira idade o grupo que mais utiliza esse tratamento.
O procedimento é realizado na presença do psiquiatra e do anestesista, com autorização prévia do paciente ou do familiar responsável. Realizar sob o efeito de anestesia, relaxante muscular, pré-oxigenação e monitorização em tempo integral, os estímulos elétricos da ECT são aplicados em pontos específicos do crânio, induzindo o paciente à uma convulsão atenuada e controlada.
A crise convulsiva da ECT apresenta propriedades terapêuticas complexas que envolvem a regulação e liberação de neurotransmissores, fatores de proteção e regeneração neuronal, regulação do metabolismo, do fluxo sanguíneo e dos hormônios, etc.
Rápido, seguro e eficaz, o procedimento possibilita ao paciente retornar para casa logo em seguida, caso seja realizado em regime ambulatorial. A ECT tem comprovação científica e restabelece a vida de pessoas que sofrem com depressão resistente e com outros transtornos de difícil tratamento.
