Um diagnóstico pode ter o efeito de causar alívio por finalmente compreender o que está acontecendo com uma pessoa. No entanto, nos casos de diagnósticos psiquiátricos, o que se observa é um movimento contrário nos pacientes e nas pessoas ao redor. Isso ocorre, sobretudo, por causa da estigmatização.
Erroneamente, as pessoas são taxadas a partir do seu diagnóstico como “bipolar”, “esquizofrênico”, “depressivo”, “doente mental”. Esses termos devem ser eliminados do vocabulário da sociedade porque além de perversos, eles reduzem toda a riqueza e complexidade de um indivíduo e impedem que o debate sério sobre saúde mental avance.
O que é um diagnóstico?
O diagnóstico é um estudo minucioso sobre sintomas manifestados em cada paciente. “Achar” uma doença ou um quadro clínico significa ter mais assertividade no tratamento e oferecer maiores chances ao paciente. Importante ressaltar que esse processo analítico é estritamente cabível a um especialista. Então, não adianta fazer um autodiagnóstico e, por consequência, uma automedicação, pois cada caso é único.
A diagnose de um paciente psiquiátrico, por exemplo, pode levar um certo tempo para ser concluída. O médico psiquiatra deve detalhar toda a história de vida do paciente, esmiuçar crises, eventos e situações.
Então, o que fazer após receber o diagnóstico?
Você continua sendo a mesma pessoa que era 10 minutos antes do diagnóstico. São os mesmos medos, desejos, personalidade, planos, gostos, relações e todo o conjunto de significados que você construiu ao longo da vida.
Outro entendimento é a colaboração com o tratamento indicado pelo psiquiatra. Terapias, medicamentos, novo estilo de vida, hábitos alimentares…tudo isso feito sob orientação adequada pode trazer maior bem-estar para pacientes psiquiátricos.
Ademais, é importante olhar o diagnóstico com mais humanidade e aceitá-lo com uma parte sua, um adicional às suas características, não é um todo. Você não “É isso”, você lida com isso, é uma pessoa com determinada condição. Uma palavra sozinha não consegue definir quem você é em completude.
