Entenda a relação entre fibromialgia e depressão

A fibromialgia é uma síndrome que se manifesta em todo o corpo, principalmente na musculatura, causando fortes dores persistentes, rigidez corporal, fadiga, dificuldades cognitivas, distúrbios do sono, desregulação do intestino e, por consequência, comprometimento das atividades diárias. 

De acordo com estudos recentes citados em pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a fibromialgia acomete de 2 a 22% da população de todo o mundo, principalmente mulheres. No Brasil a prevalência da doença varia entre 2,5 a 4,4% da população, sendo a segunda maior causa de doença reumatológica depois da osteoartrose. 

Muitas vezes, o paciente com fibromialgia tratado na reumatologia, precisa de análise e acompanhamento psicológico. Isso porque a doença também está associada a depressão e ansiedade. 

O ciclo vicioso 

Além dos sintomas citados anteriormente, pessoas acometidas pela fibromialgia são mais sensíveis a estímulos que não são dolorosos para outras pessoas. Essas sensações incômodas desencadeiam problemas para dormir, dores de cabeça, sensibilidade a temperaturas, problemas de memória e dormência nos braços e pernas. Esse mal estar generalizado costuma ser responsável pelo desenvolvimento de depressão.

Por si só, a depressão já tem a capacidade de interferir nas relações interpessoais e comprometer a vitalidade de uma forma geral. Associada à fibromialgia, ela pode potencializar a frustração e o isolamento social, além de dificultar a adesão ao tratamento.

Tratamento conjunto

A fibromialgia não tem cura. Outro porém é que os medicamentos disponíveis no mercado apresentam eficácia clínica discreta, com função de controlar e amenizar as dores. 

A pessoa acometida deve fazer uma combinação de tratamentos diferentes: medicamentos para dor, antidepressivo, psicoterapia, mudança no estilo de vida e prática de exercício.  Este último é fundamental para a melhora da qualidade de vida do paciente. 

Importante salientar que médicos especializados devem ser buscados para as devidas orientações. E se você, ou alguém que você conhece, está passando por esse problema, saiba que todo problema, para ser enfrentado, é preciso ser falado. Busque se despir de preconceitos, converse com pessoas próximas e empáticas que darão o suporte necessário.